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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

A filosofia como fonte de libertação dos ditames sociais

Por: Reinaldo Ferreira das Neves 




Deixar-se influenciar pelos nossos semelhantes sempre será aceitável até certo ponto, porém todos nós devemos ter em mente a nossa autonomia no que tange às crenças, ao modo de agir, de se vestir, em fim, devemos fugir dessa padronização imposta por essa cultura consumerista que aí está, ou melhor, não podemos ser “maria-vai-com-as-outras”, temos que imprimir a nossa marca no meio social, construir a nossa própria verdade, a nossa conclusão a respeito dos fatos, pois a maneira de pensar dos outros não será jamais a minha forma de agir.


Pensar e agir de forma autônoma exige do ser humano um exercício de reflexão constante em saber tomar as decisões que não o tornem em uma máquina, pois, jamais devemos nos comportar como robôs, temos a capacidade de pensar, refletir, decidir o que queremos para nós e para nossos descendentes. Não podemos ser meros expectadores da vida moderna. Precisamos ser ativos, críticos. No entanto, nem todos têm a criticidade suficiente para serem livres, pensam e agem em conformidade com as ideias alheias, se tornam verdadeiras figuram desprovidas de valores diante dos que os exploram.

Infelizmente, as nossas "máquinas" de liberdade da vida moderna, nem sempre agem no sentido de construir a libertação dos sujeitos sociais, muitos dos que estão inseridos nela, que a constituem simplesmente são repetentes, consumidores de ideias, de conceitos vagos impostos por uma grande massa de pseudos intelectuais que apenas almejam a continuação de um sistema exploratório das liberdades e da força de trabalho do homem. Se faz necessário que não sejamos apenas consumidores de verdades estabelecidas por aqueles que se julgam os construtores e/ou os detentores do conhecimento moderno, mas que possamos criar a nossa própria verdade a partir de interpretações feitas do mundo real, das doutrinas escritas, dos pergaminhos da história.

Temos que ser autônomos e criadores de conhecimento, de cultura, de conceito e de ciência, não meros consumidores de ideias baratas apresentadas como verdades absolutas. Não podemos jamais ficar passivos e acreditar em toda verdade que nos chega como sendo a única verdade a respeito de um fato qualquer. Ou criamos a nossa própria verdade a respeito dos fatos, partindo de conceitos minuciosamente estudados, de pesquisas realizadas, de conversas com amigos, vizinhos, ou seremos sempre meros parasitas sociais desprovidos de valores, sendo explorados pelos intelectuais falsários da vida contemporânea.

Podemos nos apropriar da filosofia para livrar-nos dessa ideia errônea das verdades absolutas, pois nenhuma teoria do conhecimento se manterá intacta, será tão longeva se não existirem interpretadores passivos, consumidores mesquinhos de ideias acabadas. Não podemos tomar nada como acabado ou imune às críticas daqueles que avaliam tal conceito. Sejamos sempre filósofos em criticar e avaliar as verdades das coisas, pois só uma reflexão apurada dos fatos nos fará libertos da tentação da verdade imposta contemporaneamente.


Credenciais do autor:

Reinaldo Ferreira das Neves,professor da rede municipal de ensino de Monte Santo, graduado em Geografia e pós-graduando em Filosofia.
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